Tubo de Lester-Jones: Indicações e resultadosObjetivo: Avaliar as indicações, resultados e complicações advindas do seu uso. Métodos: Avaliaram-se retrospectivamente 25 pacientes submetidos a 27 conjuntivorrinostomias com colocação de tubo de Lester-Jones. Foram estudados os dados do portador, a etiologia da afecção e as complicações que ocorreram no intra e no pós-operatório. Os dados foram avaliados segundo a freqüência de ocorrência. Resultados: O tubo de Lester-Jones foi usado igualmente em ambos os sexos, mais em indivíduos abaixo dos 10 ou acima dos 50 anos de idade. As causas mais freqüentes para utilização foram a idiopática ou a agenesia congênita de pontos e canalículos. Houve melhora dos sintomas em 88% dos pacientes. Complicações ocorreram em 59,25% dos casos, dentre as quais: extrusão (40,74%) e a migração (14,8%) do tubo. Conclusão: Apesar das complicações observadas, o índice de cura com a utilização do tubo de Lester-Jones é alto, sendo boa opção para o tratamento das obstruções lacrimais altas.
INTRODUÇÃOO tratamento atualmente mais aceito para as obstruções lacrimais altas consiste na comunicação direta entre o lago lacrimal conjuntival e o meato nasal médio, com (conjuntivodacriocistorrinontomia) ou sem (conjuntivorrinostomia) a utilização de retalho do saco lacrimal (1) .Apesar de alguns estudos de série de pacientes apontarem elevados índi-ces de complicações (1)(2)(3) , o tubo de Lester-Jones ainda é o melhor recurso a ser utilizado para este fim.O tubo de Lester-Jones é uma prótese de vidro pirex, cujo comprimento varia entre 10 e 25 mm, com diâmetro interno capilar e diâmetro externo de 2,2 mm. Existem vários formatos e desenhos para este tubo. Porém, o mais utilizado possui na extremidade conjuntival uma dilatação, uma espécie de colarinho, enquanto a extremidade nasal, termina em bisel (4) Técnica cirúrgica (conjuntivorrinostomia): sob anestesia geral, foi realizada incisão retilínea no dorso do nariz e luxação do saco lacrimal. A seguir, procedeu-se a pequena osteotomia do osso lacrimal, abertura e remoção da mucosa nasal. Após ressecção do terço inferior da carúncula, foi feito o trajeto por onde deveria passar o tubo com tesoura de ponta reta, usada como guia para a introdução de uma sonda de Bowman que serviria para avaliar a medida do comprimento do tubo a ser utilizado (o tubo deveria ser 2 mm menor que a distância entre a carúncula e o septo nasal). Em seguida, foi feita a introdução e fixação do tubo com fio de Seda 6-0 à conjuntiva da porção inferior a carúncula, na região do lago lacrimal. A funcionalidade imediata do tubo foi, então, testada instilando-se soro fisiológico no lago lacrimal, aspirado pela cavidade nasal.Nas avaliações pós-operatórias, os parâmetros para pesquisar a permeabilidade da via lacrimal excretora foram o teste de Milder e o movimento de ar e líquidos pelo tubo quando da inspiração profunda, observado em lâmpada-de-fenda.Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística para avaliação da freqüência de ocorrência.
RESULTADOSNo período estudado fo...