Objetivo: Objetivou-se analisar a procura por atendimento odontológico e o perfil de gestantes.Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, de análise documental realizado em uma clínica de atendimento odontológico para gestantes. Os dados de saúde bucal foram coletados em 954 prontuários das gestantes atendidas entre 1999 e 2014. As variáveis estudadas foram: procura por atendimento odontológico, condições sociodemográficas e percepção sobre saúde bucal. Os dados foram analisados no software Epi Info e testes estatísticos foram realizados em nível de significância de 5%.Resultados: A média de idade das gestantes foi de 26 anos, 55,56% (n=530) brancas, 74,84% (n=714) residiam com o companheiro, 44,76% (n=427) trabalhavam, 44,23% (n=422) eram primigestas. Em relação a procura pelo serviço odontológico, a maioria (n=493) relatou sangramento gengival; 57,53% (n=210) não sentiam a boca saudável; 68,31% (n=248) não estavam satisfeitas com a aparência dos dentes. A procura por atendimento odontológico foi mais frequente entre gestantes que não sentiam sua boca saudável (p=0,01). Observou-se que 74,63% (n=712) das gestantes notaram alguma alteração bucal durante a gestação, mas a maioria (53,87%) não procurou atendimento odontológico.Conclusão: Concluiu-se que houve pouca procura por atendimento odontológico pelas gestantes, mesmo com necessidades reais de tratamento ou alterações bucais.