2021
DOI: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2021.185974
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Produzir na reprodução: um olhar sobre a renovação da força de trabalho escrava no Brasil oitocentista

Abstract: Por meio de uma análise documental de manuais de agricultura brasileiros escritos no século XIX por senhores de escravos, procura-se identificar o caráter específico da reprodução social da escravidão. Argumenta-se que esse caráter está assente na união das esferas produtiva e reprodutiva, e não unicamente num modo de repor a força de trabalho escrava.

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“…A partir da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico internacional de escravos, a renovação da força de trabalho escrava passou a se tornar dependente apenas do tráfico interno e da reprodução biológica dos escravizados, dando maior relevância ao trabalho reprodutivo das mulheres negras, que passaram a produzir a mercadoria que mais gerava valor: os seres humanos que seriam escravizados. Assim, via-se um processo de desumanização e mercantilização desses corpos, alicerçado sobre a raça no capitalismo(FIGUEIRA, 2021). A escravidão precisa ser compreendida enquanto parte do processo de acumulação capitalista, explorando ao máximo o sobretrabalho na produção escravista.Ademais, o processo de desenvolvimento do capitalismo central é associado à relação que estabelecia com os países periféricos, sendo o conceito de capitalismo dependente estrutural e histórico.…”
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“…A partir da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico internacional de escravos, a renovação da força de trabalho escrava passou a se tornar dependente apenas do tráfico interno e da reprodução biológica dos escravizados, dando maior relevância ao trabalho reprodutivo das mulheres negras, que passaram a produzir a mercadoria que mais gerava valor: os seres humanos que seriam escravizados. Assim, via-se um processo de desumanização e mercantilização desses corpos, alicerçado sobre a raça no capitalismo(FIGUEIRA, 2021). A escravidão precisa ser compreendida enquanto parte do processo de acumulação capitalista, explorando ao máximo o sobretrabalho na produção escravista.Ademais, o processo de desenvolvimento do capitalismo central é associado à relação que estabelecia com os países periféricos, sendo o conceito de capitalismo dependente estrutural e histórico.…”
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