Existem inúmeras aplicações clinicas de EEG em Neurologia, e uma delas é o estudo dos estados de consciência alterados, que pode fornecer informações decisivas para o manejo em UTIs, ainda mais, quando utilizadas em conjunto com escalas clínicas estabelecidas [4]. Possuindo uma alta relevância no diagnóstico e prognóstico em estados que podem provocar morte encefálica [5]. Um dos grandes desafios do uso do EEG na UTI é o ruído, esses são considerados potenciais registrados que não tem origem no cérebro. Existem basicamente dois tipos de ruído, os fisiológicos, aqueles que tem origem em outras atividades provenientes do corpo do paciente sendo examinado, e os não fisiológicos, que proveem de fontes externas ao corpo do paciente, como campos eletromagnéticos ou distúrbios da rede elétrica. [6] Apesar de comumente os exames de EEG serem realizados em baixa frequência (0 -35 Hz), estudos como [2] demonstram a capacidade da coleta em frequências mais altas, vindo de encontro os ritmos Gama e Supergama. A utilização desses ritmos na UTI exige contornar o desafio do ruído, porém os autores do artigo desconhecem trabalhos na literatura que investigam esse assunto [7,8].Nesta linha de raciocínio, este artigo tem como objetivo comparar dois registros de EEG em coma, um coletado na faixa de frequências de 1 a 100 Hz e o outro coletado na faixa 1 -35 Hz, ambos coletados na Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UTIA HCU-UFU) e compara-los com dois grupos distintos de gravações EEG: controle e coma.
Materiais e métodosA metodologia foi seccionada em partes para explicar as etapas adotadas na realização desse projeto. E a realização do mesmo foi autorizada pelo Comitê de ética em pesquisa (CEP) da UFU sob número 54781615.6.0000.5152. Coleta de dados paciente: