Alagoas desponta como um dos principais produtores do país de cana-de-açúcar. No contexto alagoano, a mecanização dos processos de produção canavieira e, mais especificamente, o processo de colheita não têm ocorrido nos mesmos moldes das principais regiões produtoras. Tem-se a existência do “arcaico e moderno” caminhando juntos dentro dos canaviais alagoanos. Diante desta relação contraditória do “arcaico” e “moderno” o presente texto se propõe a investigar como esse “moderno” se desenvolve em uma determinada unidade produtiva do estado. Sendo assim coloca-se como problema o seguinte questionamento: Como se desenvolve a mecanização da colheita de cana-de-açúcar em uma unidade produtiva do estado de Alagoas? Para a realização da investigação optou-se pela abordagem qualitativa, tendo a coleta das informações mediante as práticas de observação, entrevista e análise documental. As discussões realizadas neste texto possibilitaram visualizar, mesmo em um contexto de produção marcado pela baixa incorporação tecnológica, a existência de uma “ilha” de modernidade nos canaviais do estado.