A infoexclusão nunca foi tão amarescente quanto durante a pandemia da COVID-19, que forçou isolamento social e interrupção temporária das aulas presencias. Diante disso, estudantes de todo o mundo tiveram que recorrer às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para ter um meio seguro de ensino e aprendizagem. Todavia, 17% dos estudantes brasileiros não têm acesso à internet, o que os sentencia a uma das formas de inexistência social. Além de uma revisão de literatura sobre as TICs aplicadas à educação, este artigo aborda a realidade escancarada pela infoexclusão durante a pandemia e as medidas que professores tomaram para solucionar os problemas de quem vive às margens das infovias. A empiria é composta por entrevistas semiestruturadas com professores de escolas públicas do Distrito Federal e coleta de dados de campanhas em redes sociais, à luz da análise de conteúdo temático categorial, como método. A ancoragem teórica é forjada na sociologia das ausências e das emergências.