Introdução: As mulheres indígenas costumam enfrentar formas diversas de discriminação em virtude do gênero e etnia, interferindo, assim, na qualidade de vida, nas taxas de morbidade e mortalidade e no acesso aos serviços de saúde. Objetivo: Compreender o processo saúde-doença das mulheres indígenas na América do Sul. Método: Tratase de uma revisão integrativa sistemática com pesquisa nas bases de dados ScieLO, PUBMED e LILACS utilizando quatro descritores em ciências da saúde (DeCS) nos idiomas português, espanhol e inglês. Sendo aplicadas as seguintes combinações “saúde AND indígenas AND mulheres AND Brasil” e “saúde AND indígenas AND mulheres AND NOT Brasil”. Os critérios de inclusão foram artigos em português, inglês e espanhol, que abordassem estritamente a relação entre saúde e mulheres indígenas da América Latina nos últimos cinco anos. Resultados: Foram identificadas 3337 publicações e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionadas, ao final, 28 artigos, a maioria publicada no Brasil (46,43%), seguido de Colômbia (17,86%) e Paraguai(14,29%). A partir dos artigos selecionados foram extraídas 03 categorias: Enfermidades gerais, Acesso aos serviços de saúde e Aspectos culturais. Conclusão: As barreiras culturais, geográficas, socioeconômicas e linguísticas resultam em consequências negativas para a saúde da mulher indígena como: infecções, doenças sexualmente transmissíveis, altas taxas de mortalidade materna e aumento da presença de doenças crônicas. Dessa forma, percebe-se uma negligência no cuidado dessas mulheres. Urge a formulação de políticas públicas e o reforço das já existentes, a fim de combater a desigualdade e promover a igualdade no cuidado, respeitando a interculturalidade.