Melastomataceae é uma família com distribuição pantropical, no Brasil é a quinta maior família entre as angiospermas, com 69 gêneros e 1.430 espécies, das quais aproximadamente 973 são endêmicas. São espécies de elevada importância ecológica, sobretudo em processos de recuperação de áreas degradas, alguns gêneros apresentam potencial uso ornamental e medicinal. No geral, sementes de Melastomataceae são diminutas e, embora haja grande produção de sementes por planta, grande número dessas é inviável, resultando em baixa taxa de germinação. Além disso, o tamanho diminuto das sementes dificulta o manuseio e requer metodologias específicas de propagação, fazendo com que a propagação via assexuada por estaquia ou alporquia seja habitualmente a mais utilizada. A propagação in vitro é uma técnica alternativa aos métodos naturais e convencionais de propagação. A depender do interesse e da técnica de cultivo in vitro aplicada, é possível manter a variabilidade genética ou ainda a produção de clones. Dessa maneira, esta revisão visa sintetizar pesquisas que envolvam a propagação de espécies de Melastomataceae, contribuindo para discussões acerca de futuras abordagens biotecnológicas e de conservação dessas espécies, sobretudo com perspectivas na propagação in vitro.