A Foz do Rio Amazonas conta com sítios arqueológicos funerários povoados por diversos corpos em cerâmica. No presente artigo é apresentada a pesquisa desenvolvida sobre alguns tipos de corpos-urnas em contextos do sul do Amapá e ilhas de sua costa estuarina. A ideia é narrar os percalços de se desenhar e aplicar um método pós-representacional de análise, por meio do qual buscamos tecer contribuições sobre a arte indígena que floresceu na região até o contato com as frentes europeias. Debatemos, por meio dessa abordagem, sobre um regime artístico e de corporeidade no qual a mimeses e o figurativismo são possíveis aparatos na composição de seres diversos, e não valores ou recursos visuais por si só.