Este estudo buscou investigar os dados de evolução terapêutica de um grupo de crianças com desvio fonológico. Objetivou-se caracterizar a demanda dos sujeitos atendidos em uma clínica-escola de Fonoaudiologia, no período de março a setembro de 2009. Essa caracterização priorizou: gênero, idade, número de sessões realizadas, quantidade e tipo de processos fonológicos apresentados ao início e ao final da coleta, e conduta. Participaram da pesquisa 12 crianças, de ambos os gêneros, com idades entre cinco e oito anos, que passaram por acompanhamento individual, subsidiados pelas abordagens PROMPT e Constrastiva. Foram aplicadas quatro avaliações fonológicas com intervalo de dois meses entre elas, sendo uma inicial, duas intermediárias e uma final. Nas avaliações, as crianças deveriam nomear 34 figuras que representavam vocábulos contendo todas as possibilidades fonêmicas do português. Foram realizadas a análise fonológica tradicional e a verificação dos processos fonológicos correspondentes. Os resultados indicaram o predomínio do gênero masculino e a média de idade foi de seis anos. Os processos fonológicos mais comuns na primeira avaliação foram redução de encontro consonantal, simplificação de líquida e simplificação de consoante final. Observou-se diminuição da quantidade média de processos fonológicos quando comparadas à primeira e à última avaliação. Quanto à conduta, cinco crianças receberam alta, quatro permaneceram em tratamento, após a quarta avaliação e três foram desligadas. Foi possível concluir que a atuação fonoaudiológica individual junto às crianças, tendo como base as abordagens PROMPT e Contrastiva, proporcionou evolução significativa no que se refere ao desvio fonológico.