O tomate, amplamente distribuído pelo mundo, é uma das principais espécies oleráceas, sendo considerado a segunda hortaliça em volume de produção e consumo. Dessa forma, torna-se primordial pesquisas sobre sistemas de condução da cultura e estudos pós-colheita. Nesse sentido, objetivou-se analisar a qualidade do tomate produzido em ambiente protegido na região da Alta Paulista/SP. O experimento foi conduzido na Unidade Regional de Pesquisa e Desenvolvimento de Adamantina da APTA Regional, em Adamantina/SP, ano 2021. Utilizou-se semente de tomate “Italiano”, de crescimento determinado. Os frutos foram divididos em “comercial (mesa)” ou “descarte (processamento agroindustrial)”. Foram avaliados massa fresca (g), altura e diâmetro médio dos frutos (mm), sólidos solúveis (oBrix) e aproveitamento dos frutos (%). Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com dois tratamentos e 8 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância para o teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Observou-se diferença significativa para todas as variáveis, com exceção dos sólidos solúveis. A massa fresca, altura e aproveitamento dos frutos foram os itens com maiores variações quantitativas, respectivamente. Os frutos classificados como “descarte” apresentaram percentual de aproveitamento de 85,25±5,82. Esse resultado mostrou que a produção classificada como “descarte” pode ser vendida para consumo in natura com preço inferior em relação aos frutos selecionados para mesa. Podendo, ainda, ser usado para consumo familiar (como aproveitamento para molho). Concluiu-se que, nas condições em que o trabalho foi conduzido, o tomate “Italiano” avaliado em ambiente protegido na Alta Paulista/SP mostrou-se apto para o consumo destinado à mesa e ao processamento agroindustrial, sendo desta forma recomendado para cultivo comercial.