Este estudo, realizado pela Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades e a Universidade de Guarulhos, investiga a percepção dos estudantes do ensino superior brasileiro sobre a oferta de educação presencial e à distância (EAD). Com a participação de 4.307 indivíduos de todos os estados brasileiros, a pesquisa revela uma preferência pela modalidade presencial, embora a EAD seja considerada por sua flexibilidade e menor custo. A educação superior no Brasil é marcada pela evolução significativa nas últimas décadas, influenciada por mudanças econômicas, demográficas e tecnológicas, especialmente com o aumento da oferta e demanda por EAD. O estudo aponta que, apesar de a EAD ser uma opção atrativa para muitos devido à sua conveniência e acessibilidade, há uma clara preferência dos estudantes pela educação presencial, associada a uma percepção de maior qualidade e valorização no mercado de trabalho. Os participantes da pesquisa, majoritariamente mulheres, com idades entre 31 e 40 anos, provenientes de escolas públicas e com renda familiar mensal de até R$ 2.900, expressaram várias preocupações com a modalidade EAD, incluindo a falta de interação direta com professores e colegas, dificuldades em manter a motivação e a autodisciplina, e preocupações com a qualidade e o reconhecimento dos cursos à distância. A análise dos dados coletados sugere que as instituições de ensino superior devem considerar essas percepções ao desenvolver ou expandir suas ofertas de EAD, enfatizando a qualidade do ensino, o suporte ao aluno, e a inclusão de componentes práticos presenciais em cursos predominantemente à distância.