Psoíte Secundária: Relato De Caso Em Indivíduo Com Aids E Revisão De Literatura

Abstract

RESUMO:Psoíte é uma doença subdiagnosticada, com sintomatologia ambígua, que pode ser responsável pelo retardo no diagnóstico e evoluir de forma grave, constituindo-se em importante ameaça à vida.O objetivo do trabalho é apresentar caso clínico de psoíte de difícil diagnóstico e discutir os achados deste com a literatura.Relata-se caso de um indivíduo com 69 anos de idade, casado, internado no serviço de emergências de um Hospital Universitário do Norte do Paraná, que na admissão apresentava sintomas inespecíficos, tais como: febre, emagrecimento e dor abdominal.O diagnóstico foi realizado utilizando-se dos achados clínicos associados ao exame de ultrassonografia (USG) de abdome total, porém no seguimento também se utilizou da tomografia computadorizada (TC) de abdome.O tratamento consistiu em drenagem cirúrgica no 8º dia de internação associada à antibioticoterapia venosa sistêmica. Apesar desta conduta o paciente apresentou abscesso de incisão operatória no 30º PO que foi novamente drenado. Desde então, originou-se uma fístula através desta incisão que se caracterizava por regressões e recidivas. No 59º PO foi re-internado devido à presença de febre e ao exame físico constatou-se a existência de tumor em quadrante inferior direito e fístula na incisão operatória. Após exame laboratorial foi confirmada a presença de monilíase oral, bacilo da tuberculose na secreção da fístula e sorologia positiva para Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), quando se iniciaram os tratamentos específicos dessas doenças. No seu último retorno ambulatorial, com vinte e sete meses de seguimento, continuava em tratamento para aids, ativo e em excelente estado geral.Descritores: Abscesso Íliopsoas. aids. HIV. Abscesso do Psoas. Abscesso/Cirurgia. 332Medicina, Ribeirão Preto, 2008; 41 (3): 332-8. CASO CLÍNICO 1-INTRODUÇÃOAbscesso de íliopsoas (psoíte) é uma coleção de pus no compartimento do músculo íliopsoas. Tratase de uma condição clínica subdiagnosticada 1 e que pode apresentar-se com características clínicas vagas, dificultando o diagnóstico. Foi descrito pela primeira vez por Mynter em 1881 2 . As causas da psoíte são inúmeras, desde bactérias entéricas Gram negativas a Mycobacterim tuberculosis. Os pacientes imunodeprimidos apresentam o maior risco de desenvolvê-la.A incidência de psoíte no mundo é desconhecida, contudo parece ter aumentado consideravelmente desde os relatos de Gruenwald em 1992, chegando a

Psoas muscle abscess simulating acute appendicits: A case report

“…Contrasted computerized tomography (CT scan) should be the standard choice for Psoitis confirmation, as it has a sensibility of 100% [2] , [5] , [16] , [17] . In this case, we opted to use the CT scan during the first day of the appendectomy post-op, as the patient still presented fever and pain.…”

“…In this case, we opted to use the CT scan during the first day of the appendectomy post-op, as the patient still presented fever and pain. This exam was of extreme importance in order for us to reach a correct diagnosis, and should also be performed with the purpose of finding any other sites of residual collections in other structures, such as the vertebral column [2] . In contraposition, some authors stated that the nuclear magnetic resonance (NMR) can differentiate soft tissues more accurately, producing a clear the view of the abscess wall and its surrounding structures without the use of a radiocontrast agent, thus, making the NMR a better choice than the CT scan [18] .…”

“…Reports in the literature suggest antibiotic therapy with Cefotaxime 2 g/4–6 h or Cloxacillin 2 g/4–6 h, associated with 500 mg/6–8 h of Metronidazole, intravenously. Some smaller abscess (below 5 mm) can be treated initially with only antibiotics [2] , [12] . Other authors suggest that the treatment for this disease should be with broad spectrum antibiotics (Clindamycin, Penicilin, and Aminoglycosides) for two weeks after the abscess drainage [2] .…”

“…Some smaller abscess (below 5 mm) can be treated initially with only antibiotics [2] , [12] . Other authors suggest that the treatment for this disease should be with broad spectrum antibiotics (Clindamycin, Penicilin, and Aminoglycosides) for two weeks after the abscess drainage [2] . For patients with AIDS that develops PA, the antibiotic therapy is performed with Oxacillin and Gentamycin, intravenously, during 4–6 weeks [19] .…”

“…It was described for the first time in 1881 by Mynter [1] . It is an underdiagnosed disease that can produce vague clinical characteristics, causing difficulty in its diagnosis [1] , [2] . Cases of psoas abscess in puerperal primipara women [3] , diabetic patients [4] , elderly [5] , and in cases associated with Pott disease [6] and AIDS [2] were reported in the literature.…”