“…Vários estudos vêm reforçar a eficácia da psicoeducação (Atkinson, Coia, Gilmour, & Harper, 1996;Bechdolf et al, 2010;McFarlane et al, 2003;Nasr & Kausar, 2009), no entanto, um dos problemas apontados é a falta de guias técnico-pedagógicos que orientem, em termos pedagógicos, profissionais que pretendam aprofundar/aplicar esta abordagem (Grevet, Abreu, & Shansis, 2003;Miller, 1989).Isto é, a literatura sobre psicoeducação refere-se essencialmente a sessões expositivas de conhecimentos técnicos da doença (e.g., Grevet et al, 2003), existindo poucas referências que especifiquem as técnicas pedagógicas utilizadas neste tipo de intervenção. Assim, no presente trabalho, a partir do programa ANCORAGEM, destinado a familiares de doentes com esquizofrenia, procura-se dar a conhecer como se tentou ultrapassar as sessões dominantemente expositivas de conhecimentos técnicos da doença, tradicionalmente apontada aos cursos de psicoeducação (Grevet et al, 2003), introduzindo outras técnicas e dinâmicas na interacção com os participantes.…”