Psychological Assessment of Adolescent Offenders: Validity of the Brazilian Jesness Inventory–Revised

Abstract

This work presents validation of the Jesness Inventory, particularly its revised version, to the Brazilian reality. It was developed by Carl Jesness, based on his clinical experience and research programs for juvenile offenders, to assess juvenile offenders, particularly to understand the functioning of their personality, offering clues to customize psychosocial intervention, and verification of results from this, in terms of changes in adolescents' beliefs/values and attitudes. Regarding the psychometric properties, the revised version showed an adequate internal consistency and temporal stability. For the evidence of validity, the results of the concurrent criterion and simultaneous validity were in agreement with those found in other studies, emphasizing the specific capacities of this instrument to distinguish adolescent offenders from non-offenders and properly classify them, denoting its quality in helping the diagnostic process. Research to verify predictive and construct validity is being carried out.

Fatores associados ao cometimento de atos infracionais na adolescência

“…O pertencimento a um grupo de pares de idade antissociais fomenta a adoção de valores antissociais e de uma atitude favorável à violação das normas, o que certamente ajuda na manutenção da conduta delituosa (Andrews & Bonta, 2006;Le Blanc, 2006;Bazon & Estevão, 2012 (Hubbard & Pealer, 2009). Em termos metodológicos também, é preciso considerar que se trata de constructos complexos que, em geral, são avaliados por instrumentos específicos, mais sensíveis, nos estudos da área (Hubbard & Pealer, 2009;Costa, Komatsu, & Bazon, 2017 (Andrews & Bonta, 2006;Hoeve, et al, 2009). (Andrews & Bonta, 2006;Le Blanc, 2006).…”

O desenvolvimento do comportamento violento na adolescência

“…Esta é composta por itens relacionados a crenças e atitudes favoráveis a (ou que naturalizam) comportamentos antissociais, conforme se nota no conteúdo de alguns dos itens que a avaliam: "A maioria das pessoas engana um pouco para conseguir dinheiro", "A maioria dos policiais não é inteligente", "Não parece ser errado roubar de comerciantes desonestos". Nos estudos de validação, essa escala vem apresentando boa acurácia em discriminar adolescentes infratores de não infratores (Costa, Komatsu & Bazon, 2017). Outros itens dessa escala referem-se à presença de inquietações, ansiedade, pensamentos estranhos e alienação social: "De vez em quando, eu tenho pensamentos diferentes e esquisitos na minha cabeça", "Eu sinto que meu coração bate mais rápido quando alguém não para de me fazer perguntas" e "Parece que quase sempre que eu me esforço para fazer a coisa certa, algo ruim acontece", "A maior parte do tempo eu não encontro nada para fazer".…”

“…Pontuar baixo em Im indica uma orientação realista maior, embora escores muito baixos podem sugerir pessimismo e cinismo acentuados (Bazon, 2016). Adolescentes infratores tendem a pontuar mais alto nessa escala (Jesness, 2003), como foi constatado em contexto brasileiro, no qual adolescentes infratores/judicializados tiveram maior pontuação que os não-infratores/não-judicializados (Costa, Komatsu & Bazon, 2017).…”

“…A escala de Alienação (Al) refere-se à desconfiança e ao estranhamento em relação ao outro, de modo que indivíduos que pontuam alto nessa escala costumam ser céticos e críticos em relação às pessoas, especialmente em relação às figuras de autoridade, repercutindo em uma atitude predominantemente hostil em suas respostas (Jesness, 2003), observado pelos seguintes itens: "A maior parte dos policiais está pronta para ajudar você" (pontua quando falso), "Os policiais metem o nariz em muitas coisas que não é serviço deles", "A maioria das pessoas que mandam é arrogante". Geralmente, a escala Al distingue adolescentes infratores de não infratores (Costa, Komatsu & Bazon, 2017;Jesness, 2003), e os resultados aqui obtidos não indicaram diferenças significativas no T1, mas a escala foi capaz de diferenciar adolescentes infratores violentos de não violentos no final da adolescência/início da vida adulta, indicando que adolescentes que permanecem na trajetória de condutas violentas podem apresentar piora nessa escala ao longo do tempo, mas que a escala de Alienação, por si, não consiste em um fator de risco para a violência.…”

“…Uma pontuação relativamente elevada nessa escala é indicativa de maior ajustamento emocional, denotando um certo otimismo (Jesness, 2003) e a existência de recursos pessoais adequados para evitar sentimentos ruins . No transcorrer da adolescência, conforme vão adquirindo mais capacidade de perceber os problemas dentro da própria família, adolescentes infratores tendem a pontuar em Neg mais baixo que adolescentes não infratores (Costa, Komatsu & Bazon, 2017). Os resultados obtidos indicaram que GNV pontuou mais alto que GV, o que parece fazer sentido.…”