O Brasil está crescendo em termos de volume de publicações ao longo do tempo, e pode-se dizer que isso seria fruto do esforço de formação de mestrandos e doutorandos pelas Universidades brasileiras. No ano de 2006, a produção acadêmica do Brasil bateu um novo recorde, sendo que o país foi responsável por 1,92% dos artigos publicados em periódicos indexados na base de dados do Instituto de Informação Científica (ISI, do inglês Institute for Scientific Information), que reúne as mais destacadas publicações do planeta, ficando em 15º lugar entre as 25 nações mais produtivas.O Jornal Vascular Brasileiro vem publicando, desde 2002, também de forma crescente, grande parte da produção científica vascular brasileira, recebendo também algumas contribuições estrangeiras. Os cirurgiões vasculares brasileiros apresentam grande produção de temas livres em congressos nacionais, da ordem de 500 a 600 trabalhos por evento, mas, infelizmente, não têm o hábito de publicá-los. Somente 6,32% dessa vasta produção aparece em revistas indexadas 1,2 .Isto traz como consequência, dificuldades na gestão da revista, pois, devido ao número limitado de artigos (cerca de 90 a 100 por ano), estamos sempre editando a revista que vai sair no trimestre corrente, com o risco contínuo de atraso nas publicações das sucessivas edições. Para piorar, no ano passado, tivemos vários problemas decorrentes de transição de secretaria editorial e de descompassos com a nova secretaria, impactando ainda mais na pontualidade. Em conversas com editores de revistas nacionais nos congressos de editoração científica, pudemos constatar que as revistas nacionais indexadas nos indexadores internacionais recebem, em média, cerca de 200 a 300 artigos por ano, o que permite aos editores serem mais seletivos e trabalharem com as edições do ano vindouro, pois as deste ano já estão prontas − com revisão gramatical e versões para o inglês − e serão lançadas sem nenhum atraso. Com mais de 3.000 sócios e média de 500 temas livres por congresso nacional, seria de se esperar maior afluxo de artigos para o Jornal Vascular Brasileiro. Em avaliação prévia dos resultados da nossa enquete, com somente 600 respostas até agora dentre os 3.000 sócios, problemas de falta de tempo, de estímulo e de assessoria de redação e estatística foram predominantemente alegados. A Diretoria da SBACV está estudando como ajudar os sócios quanto a essa assessoria.Para piorar a situação, a CAPES resolveu desqualificar as revistas nacionais que não tem indexadores internacionais (Medline e ISI). Criou-se, assim, um círculo pernicioso, em que as revistas emergentes precisam de indexadores internacionais para receberem os artigos oriundos da pós-graduação, mas jamais vão receber os mesmos por conta de penalizações por parte da CAPES. Os melhores artigos originais estão migrando para revistas internacionais.Infelizmente, nosso pedido de indexação ISI foi também denegado. Cabe aqui agora uma reflexão acerca dos motivos dessa negativa. Os critérios usados por ambos indexadores são claros: pontualidade, qualid...