ACEITO PARA PUBLICAÇÃO
fev. 2008RESUMO: O presente estudo avaliou os efeitos na incidência de complicações pulmonares do cuidado contínuo de fisioterapia respiratória no pós-operatório de esofagectomia, até a alta hospitalar. Examinaram-se retrospectivamente 40 prontuários de pacientes de esofagectomia consecutivos (nenhuma exclusão), que foram divididos em dois grupos: um dos que receberam fisioterapia respiratória apenas na unidade de tratamento intensivo (gUTI, n=20) e outro dos que a receberam até a alta hospitalar (gALTA, n=20). Foram coletadas informações referentes ao pré, intra e pós-operatório. Os resultados mostram que gUTI e gALTA, respectivamente, apresentaram-se similares (média±dp) quanto a idade (55,5±9,9 e 57,1±10,8 anos), IMC (22,5±3,3 e 18±4 kg/m 2 ), tempo de cirurgia (400±103,8 e 408,5±142 min), tempo de anestesia (498,3±107,3 e 516±148,9 min) e número de atendimentos de fisioterapia na UTI (9,6±14,9 e 8,3±7,6). Apesar de o gALTA apresentar história de tabagismo superior (35,7±17,6 vs 26,1±18,4 maços-ano, p<0,05), houve menos 20% de complicações respiratórias após esofagectomia nesse grupo quando comparado ao gUTI (10% vs 30%, p<0,05): incidência 75% menor de derrame pleural e 50% menos broncopneumonia. Além disso, o gALTA teve permanência menor de dreno pleural no hemitórax direito (menos 4,5 dias, p<0,05). Estes achados sugerem que os cuidados de fisioterapia respiratória até a alta hospitalar podem reduzir a incidência de complicações pulmonares após esofagectomia por câncer.
DESCRITORES:Cuidados pós-operatórios; Esofagectomia/complicações; Esofagectomia/ reabilitação; Fisioterapia (respiratória)ABSTRACT: This study assessed the effects of chest physical therapy all through hospital stay until discharge onto the incidence of pulmonary complications in patients having undergone esophagectomy for cancer. Medical records of esophagectomy patients were examined and 40 subsequent ones selected (none excluded), and divided into two groups: one having received chest physiotherapy only in the intensive care unit (ICUg, n=20) and the other having received it during full hospital stay (DISg, n=20). Information concerning pre-, peri-and postoperative periods were drawn from patients' records. Results show that ICUg and DISg were similar (mean±sd) concerning age (55.5±9.9 vs 57.1±10.8 years old), BMI (22.5±3.3 vs 18±4 kg/m 2 ), operating time (400±103.8 vs 408.5±142 min), anesthesia time (498.3±107.3 vs 516±148.9 min) and number of chest physical therapy sessions in the ICU (9.6±14.9 vs 8.3±7.6 sessions). Despite the fact that DISg patients had higher tobacco consumption than ICUg ones (35.7±17.6 vs 26.1±18.4 packs-year, p<0.05), there were 20% less pulmonary complications in this group when compared to the ICU group (10% vs 30%, p<0.05): lesser incidence (75%) of pleural effusion and 50% less of bronchopneumonia. DISg also had undergone a shorter time (less 4.5 days) with pleural drain on (p<0.05). These findings suggest chest physical therapy care all along hospital stay until discharge may redu...