Enquadramento: Devido a uma considerável evolução tecnológica, a monitorização hemodinâmica realizada com recurso a dispositivos minimamente invasivos, como a linha arterial, a qual se tem mostrado como a referência na avaliação de pressão arterial invasiva, permite a obtenção de dados clínicos fidedignos, minimizando o grau de invasidade dos dispositivos clínicos, maximizando os ganhos em saúde. Objetivo: Analisar a evidência científica existente sobre utilização da linha arterial na monitorização hemodinâmica no doente crítico. Metodologia: Revisão sistemática da literatura (RSL), com análise de artigos publicados entre 2015 e 2022 nas bases PMC, PubMed, B-ON e EBSCO, com descritores MeSH e DeCS, sendo selecionados 14 artigos. Resultados: Os estudos evidenciaram que a utilização da linha arterial permite, para além de parâmetros hemodinâmicos diretos, como os valores de frequência cardíaca, pressão arterial e pressão arterial média, a obtenção de outros valores hemodinâmicos relevantes, sejam eles obtidos através de cálculo, como os valores de débito cardíaco e de volume sistólico, ou obtidos através da combinação entre métodos e dispositivos, como o índice cardíaco ou a compliance arterial, permitindo ainda colheitas sanguíneas frequentes, sem recurso a punções recorrentes. Conclusões: Ficou evidente que a linha arterial, pelo seu baixo grau de invasividade, facilidade de colocação e manuseamento, bem como a sua aplicabilidade clínica em vários campos, é, apesar das suas limitações, considerada atualmente como o dispositivo clínico referência na obtenção, tanto de valores seguros de pressão arterial, bem como de outros dados clínicos fidedignos para a estabilização hemodinâmica do doente em situação crítica.