“…Enquanto os estudos sobre a escala do edifício ou da vizinhança demonstraram as relações que se desenvolvem entre os moradores e demais usuários (BRUNSON; KUO; SULLIVAN, 2001; GOMEZ-JACINTO; HOMBRADAS-MENDIETA, 2002; KINTREA; BANNISTER; PICKERING, 2010; CHAMBERS, BAFNA E MACHRY, 2018; ARVIV; EIZENBERG, 2021). Sobre o ambiente físico, os resultados demonstraram que sua inadequação se relacionou à um desacordo com as normas culturais dos usuários, quando do estudo da privacidade, ou à falta de espaço físico ou elementos arquitetônicos de controle, nos estudos sobre aglomeração e territorialidade.APO como entrevistas, walkthrough, questionários e análises técnicas, reforçando mais uma vez o potencial de uso desse instrumental para a criação de um modelo para avaliação da privacidade.Sobre a fundamentação teórica, as revisões realizadas sobre o tema demonstraram que qualquer estudo sobre privacidade, deve considerar o contexto no qual a pesquisa que se insere, as escalas (individual, familiar ou sociedade) de avaliação, os atores envolvidos no processo, as dimensões da privacidade e as relações destas com as distâncias pessoais, territorialidade e espaço pessoal, aglomeração e solidão.Apesar da teoria ser indispensável à fundamentação do modelo, a literatura específica(TURNER, 1987;PANDOLFO, 2001;ROMANO, 2003;KOCH;CARRANZA, 2014;ADRIAENSSEN; JOHANNESSEN, 2015;CAIXETA, 2015;ELANGOVAN;RAJENDRAN, 2015;SAFT, 2021) também destacou a importância do empirismo para compreensão dos fenômenos da realidade. A esse respeito, como forma de agregar informações da vivência prática do fenômeno estudado, a escolha das variáveis e procedimentos de avaliação propostos para o modelo inicial embasaram-se em estudos já existentes sobre os temas abordados, tanto por meio do estudo de APO aplicadas em empreendimentos produzidos pelo mercado imobiliário brasileiro, quanto nos casos de estudo apresentados na RSL sobre privacidade habitacional.…”