Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar a experiência de dor de dente de acordo com o risco familiar em município do nordeste brasileiro. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa. Participaram do estudo 150 indivíduos que estavam aguardando atendimento em uma Unidade de Saúde da Família. Para coleta de dados, foram aplicados dois questionários, um para verificar a experiência de dor de dente e o outro para classificar o risco familiar. Resultados: 52,0% dos participantes da pesquisa apresentaram risco familiar, entre esses, 68,2% relataram dor de dente nos últimos seis meses. A presença de cavidade nos dentes foi apontada como a principal causa da dor. Quanto à duração da dor de dente, 67,3% dos participantes afirmaram que durava geralmente um dia ou mais, ocasionando interferências negativas na qualidade de vida. A maioria dos participantes definiu a dor de dente como severa tanto na escala verbal (52,7%) quanto na escala visual (62,0%). Conclusão: Os participantes que apresentaram risco familiar foram os mais acometidos por dor de dente nos últimos seis meses, demonstrando que a classificação de risco familiar de acordo com a experiência da dor de dente pode orientar a reorganização da demanda e priorizar o atendimento odontológico dos indivíduos mais vulneráveis.