“…Em se tratando das características sociodemográficas das participantes do estudo, o predomínio da cor preta se deu pela forte influência afrodescendente no estado da Bahia, Brasil. A cor, juntamente associada à variável de gênero, reflete população marginalizada e excluída no mercado laboral, reafirmando a invisibilidade etnicorracial predominante no Brasil, associada ao sexismo, colocando as mulheres negras na base da desigualdade social (11) . Desta forma, em contexto de pobreza, as variáveis supracitadas se apresentaram como fatores para opressão, contribuindo com elementos que afetam o indivíduo, que também apresentam baixos índices de escolaridade (12) que se configura como fator que interfere sobre a renda familiar e a dependência financeira por terceiros, uma vez que pequenas diferenças nos anos de estudo interferem expressivamente no acesso ao mercado formal de trabalho e na remuneração dos trabalhadores (13) .…”