Juntamente com os atentados terroristas de Paris de 2015, (re)nasce uma fórmula mundial, “Je suis...”. O slogan adquiriu sentidos bem amplos, tais como “sou a favor da liberdade de expressão” até o simbólico efeito de sentido em torno da solidariedade coletiva. Visto que nos interessam as questões de autoria, propomos discorrer sobre os caminhos de circulação dessa fórmula (entendidos aqui como produção coletiva), sua expansão e contenção de sentidos. Investigar as condições de produção e circulação do enunciado “Je suis Charlie” e seus derivados, no quadro teórico-metodológico da Análise do Discurso de Tradição Francesa, permite compreender tanto os efeitos de sentido desse “acontecimento discursivo” em particular quanto os efeitos de textualização coletiva característicos dos tempos atuais.