O trabalho rural na canavicultura brasileira é marcado pela penosidade, espoliação e a disparidade de direitos. O objetivo deste estudo foi discutir como o trabalho reestruturado na canavicultura ocasionou impactos à saúde dos trabalhadores rurais canavieiros. A metodologia envolveu a análise de dados secundários do site da Previdência Social sobre as condições gerais de saúde, a morbidade e mortalidade ocupacional dos trabalhadores rurais canavieiros. Conclui-se que a equiparação de direitos entre trabalhadores rurais e urbanos abrangeu os valores das aposentadorias e a restrição da informalidade, sem, no entanto, ocasionar melhorias no padrão geral de saúde dos trabalhadores rurais canavieiros, já que a combinação do trabalho de intensidade elevada, com extensas jornadas e de remuneração flexível, contribuiu para a precocidade da degradação da saúde.