O efeito residual duradouro de alguns herbicidas depende das características do solo e das moléculas, entretanto, a bioatividade do herbicida pode causar danos nas culturas em rotação/sucessão. A maneira mais comum de identificar a presença de herbicidas no solo, é pela implementação de bioensaios que utilizam uma espécie potencialmente sensível às moléculas herbicidas como indicador deste resíduo no solo. O objetivo foi identificar a sensibilidade da melancia como bioindicadora à resíduos de herbicidas pré-emergentes utilizados na cultura da soja. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, em vasos de 3 L, em delineamento por blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial de 3x4+1, onde o fator A foram os herbicidas diclosulam, [imazapyr + imazapic] e metribuzin, e o fator B as doses dos produtos comerciais [1/8D, 1/4D, 1/2D e D (dose recomendada em bula)] e mais o tratamento controle. Foram semeadas quatro sementes de melancia por vaso, contendo solo argiloso, após a aplicação dos herbicidas. As variáveis analisadas 30 dias após a emergência das plantas foram comprimento de parte aérea (cm), comprimento (cm), volume de raiz (mL), massa seca da parte aérea (g) e massa seca de raiz (g). Verificou-se que a melancia não germinou nos tratamentos com subdoses dos herbicidas diclosulam e metribuzin, e o crescimento reduziu nas subdoses do herbicida [imazapyr + imazapic]. Os resíduos de herbicidas estudados exerceram controle das plantas bioindicadora. Melancia possui sensibilidade aos herbicidas diclosulam, metribuzin e à mistura comercial dos herbicidas [imazapyr + imazapic], possuindo potencial para indicar resíduo destes herbicidas em solo argiloso.