Ensaios ecotoxicológicos com organismos bioindicadores permitem obter respostas rápidas acerca do potencial toxicológico de determinados efluentes. Organismos aquáticos como peixes, vêm sendo amplamente estudados por pesquisadores devido a sua eficiência no monitoramento ecotoxicológico, pois algumas espécies sofrem alterações comportamentais, fisiológicas e morfológicas detectadas em um curto espaço de tempo. Assim, objetivou-se neste estudo avaliar a ecotoxicidade da água residuária do café (ARC), através de bioensaios padronizados com espécie Danio rerio, um peixe bioindicador conhecido como “paulistinha”. O organismo-teste supracitado foi exposto a diferentes concentrações de amostras de ARC diluídas em água, sem alimentação e sem renovação da solução-teste, a fim de avaliar a concentração letal por um período de 48 horas (CL50-48h). Os organismos-teste foram expostos a amostras do efluente equivalentes a (1,67%, 3,33% e 5% de ARC). Ao final de cada ensaio, observou-se a letalidade provocada por cada concentração. Registrou-se os seguintes percentuais de mortalidade: 84%, 60% e 20% para as concentrações 5%, 3,33% e 1,67% de ARC, respectivamente. De acordo com os resultados obtidos e considerando a norma padrão utilizada, pode-se afirmar que quanto maior a concentração da ARC maior será a CL50-48h. Portanto, é essencial o estudo das características poluidoras da ARC para eleger um tratamento adequado, assim faz-se necessário o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias de modo a remover os compostos contaminantes e minimizar o impacto ambiental deste efluente.