"Queiloscopia: uso da técnica na identificação forense"

A Queiloscopia como técnica de identificação humana: Uma revisão sistemática da literatura

“…Dentre os aspectos da unicidade, as impressões labiais são diferentes entre si, assim como diferentes entre os indivíduos, mesmo que estes sejam gêmeos (Suzuki & Tsuchiahashi, 1971;Molano et al 2002;Barros, 2006;Caldas et al, 2007;Sharma et al, 2009;El Domiaty et al, 2010;Costa & Caldas, 2012;Karki, 2012;Kumar et al, 2012;Oliveira et al, 2012;Padmavath et al, 2013;Ragab et al, 2013;Eldomiaty et al, 2014;Nagalaxmi et al, 2014;Hernández et al, 2015;Lima et al, 2016;Maloth et al, 2016;Moshfeghi et al, 2016;Saxena, et al, 2016;Kumar et al, 2017;Jain, Poojitha & Bhatia, 2018;Loganadan et al, 2019). É considerada imutável, pois pode ser observada que há reparação da forma original dos lábios após uma lesão (Prabhu, Dinkar, Prabhu & Rao, 2012).…”

“…A região geográfica dos estudos variou, sendo 3 estudos no Brasil (Barros, 2006;Oliveira, Rabello & Fernandes, 2012;Lima, Costa, da Silva, do Nascimento, de Moraes & de Souza Lucena, 2016) e os demais foram realizados no exterior, como, por exemplo: 10 estudos na Índia (Augustine, Barpande & Tupkari, 2008;Sharma, Saxena & Rathod, 2009;Kumar, Vezhavendhan & Vendhan, 2012;Padmavath, Makkad, Rajan & Kolli, 2013;Nagalaxmi, Ugrappa, Naga Jyothi, Maloth & Kodangal, 2014;Maloth et al, 2016;Alzapur et al, 2017;Chaudhari et al, 2017;Kumar, 2017;Jain et al, 2018), 1 no Egito (Ragab et al, 2013), 1 na Colômbia (Hernández, Pabón & Paredes, 2015), 1 em Portugal (Costa & Caldas, 2012), 1 no Reino Unido (Saxena, Kumar & Sharma, 2016), 1 no Irã (Moshfeghi, Beglou, Mortazavi & Bahrololumi, 2016), 2 na Arábia Saudita (El Domiaty, Al-Gaidi, Elayat, Safwat & Gathe, 2010;Eldomiaty, Anwar & Algaidi, 2014), 1 no Nepal (Karki, 2012), e 1 na Indonésia (Loganadan, Dardjan, Murniati, Oscandar, Melinda & Zakiawat, 2019).…”

“…Outra variável que diferiu substancialmente entre os estudos foram os sistemas utilizados para a classificação das impressões labiais, nos quais 18 artigos seguiram Suzuki e Tsuchihashi (1970) (Barros, 2006;Augustine et al, 2008;Sharma et al, 2009;Kumar et al, 2012;Costa & Caldas, 2012;Karki, 2012;Oliveira et al, 2012;Padmavathi et al, 2013;Nagalaxmi et al, 2014;Hernández et al, 2015;Lima et al, 2016;Moshfeghi et al, 2016;Saxena et al, 2016;Kumar, Kumar, Alam & Singh, 2017;Alzapur, Nagothu & Nalluri, 2017;Chaudhari, Sahay, Kawanpure, Mugadlimath & Sane, 2017;Loganadan et al, 2019), 2 Renaud (1973) (El Domiaty et al, 2010;Ragab et al, 2013;Eldomiaty et al, 2013), 1 Chandrashekaran (2012) (Maloth, Dorankula & Pasuula, 2016) e um não utilizou nenhuma das classificações queiloscópicas, como Jain et al (2018), que atribuiu valores numéricos a partir de pixels das impressões labiais fotografadas. As análises estatísticas realizadas nos estudos para definir o padrão dos sulcos labiais e a sua unicidade envolveram testes T, frequência, teste Z, coeficiente Kappa, Teste Qui-Quadrado, Teste exato de Fisher, Teste do Quadrado de Pearson Chi, correlação de Spearman, Teste U de Mann-Whithey, 5 estudos utilizaram estatística descritiva.…”

“…Fisher, sendo definida como o estudo das características morfológicas dos sulcos ou ranhuras labiais, considerados padrões únicos para cada pessoa assim como a sua impressão digital (Verghese, Somasekar, & Umesh Babu, 2010;Reddy, 2011;Singh et al, 2012). Um forte exemplo de sua utilização ocorreu na década de 1950, quando Le Moya Snydes, especialista forense da Califórnia, associou os sulcos labiais à identificação humana ao investigar, em um caso de acidente aéreo, a impressão labial Research, Society and Development, v. 10, n. 8, e50110817401, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17401 encontrada no para brisas do avião e compará-la com a da vítima, comprovando que as características formadas pelos sulcos labiais podem ser individuais (Barros, 2006;Caldas, Magalhães & Afonso, 2007;Reddy, 2011;Singh et al, 2012).…”