O presente trabalho objetivou identificar as possíveis causas do baixo número de mulheres em cursos de Tecnologia da Informação (TI) e computação de Instituições de Ensino Superior (IES) sediadas em Belém e Região Metropolitana (PA). A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um questionário online junto a 47 mulheres estudantes ou formadas em cursos de TI na RMB. No que diz respeito aos motivos pelos quais essas mulheres trancaram, abandonaram ou desistiram dos cursos de TI e ou computação, identificou-se questões relacionadas ao machismo, a assédio sexual, ao preconceito, à discriminação, ao questionamento da capacidade cognitiva ou intelectualidade feminina. Nesse sentido, muitas participantes revelaram que se sentiram: isoladas por haver poucas mulheres no curso e também pelo comportamento de colegas homens, incomodadas com “brincadeiras” feitas pelos professores e colegas de sala e, por fim, alvo do preconceito por ser mulher em um curso predominantemente masculino, sendo a orientação sexual por vezes questionada. À luz do exposto, entende-se que a representatividade é um elemento fundamental tanto para a superação de estereótipos e paradigmas como para o incentivo de meninas em seguir carreira nessas áreas, pois demonstra que as mulheres são capazes de realizar trabalhos braçais, resolver equações matemáticas complexas e solucionar problemas operacionais dentro de corporações.