RESUMO -Este estudo teve como objetivo reconhecer quais os fatores mais afetados na qualidade de vida (QV) de pacientes com epilepsia. Foram avaliados 134 sujeitos com diagnóstico de epilepsia, aleatoriamente selecionados no Ambulatório de Epilepsia do HC/UNICAMP, com idade entre 18 e 59 anos (M=35,38; DP=9,86), através do "Questionário de Qualidade de Vida 65". A maioria dos sujeitos possuía ensino fundamental incompleto (58,2%), não trabalhava (69,4%) e era solteiro (48,5%). O trabalho foi a área considerada mais prejudicada pela epilepsia (31,29%), o que reforça estudos que comprovam o alto índice de desemprego ou subemprego na população epiléptica e atenta para a importância da inserção no mercado de trabalho como um fator de integração social, econômica, e de realização pessoal. PALAVRAS-CHAVE: qualidade de vida, epilepsia, trabalho.Impact of epilepsy at work: evaluation of quality of life Impact of epilepsy at work: evaluation of quality of life Impact of epilepsy at work: evaluation of quality of life Impact of epilepsy at work: evaluation of quality of life Impact of epilepsy at work: evaluation of quality of life ABSTRACT -This study searched for the knowledge of the most affected aspects in the quality of life (QoL) of patients with epilepsy. The sample consisted of 134 individuals with epilepsy, aging 18 to 59 years (M=35.38; DP=9.86) chosen at random from the Ambulatory of Epilepsy of HC/UNICAMP, interviewed by the QoL-65. Most of the subjects have not completed elementary school (58.2%), have not had any paid work (69.5%) and were single (48.5%). The most affected factor in epilepsy was the work area (31.29%), what reinforces studies showing the high level of unemployment or subemployment in epileptic population and aware to the importance of the insertion in the work-market as an economic and social integration factor and as a way of improving self-steem.KEY WORDS: quality of life, epilepsy, employment.Qualidade de vida (QV) é um conceito subjetivo que refere como o paciente sente e funciona em relação à doença. O paciente com epilepsia é o único que sabe como sua vida é afetada pela condição de doente. QV refere-se a satisfação do indivíduo com sua vida e sua percepção de bem-estar, no contexto cultural onde vive, em relação as suas expectativas e objetivos 1 , diante da realidade 2 . QV trata de problemas que estão além da crise. São relacionados aos aspectos emocionais, sociais (trabalho, escola, lazer, relacionamentos) e físicos, que são invadidos pela condição epiléptica. Todos estes aspectos contribuem ao ajustamento do paciente ao seu distúrbio e sua percepção do impacto causado em sua vida.Não é a doença em si que irá indicar a QV, mas como o paciente pode viver com ela. A adaptação psicológica entre pacientes com condições médicas crônicas é independente do diagnóstico, depende da percepção que o paciente tem de si e de sua doença 3,4 . O impacto das alterações percebidas na QV é comumente influenciado não só pelo grau do dé-ficit, mas também pela situação de vida das pessoas e as demandas...