Questões fonoaudiológicas e odontológicas na percepção de idosos que acessam serviços do Sistema Único de Saúde

Abstract

Modelo de estudo: Estudo observacional e transversal com dados coletados a partir de questionários aplicados aos idosos em visitas domiciliares, sobre acesso a serviços de saúde. Objetivo: Analisar a percepção de idosos independentes sobre questões fonoaudiológicas e odontológicas nos serviços de Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde. Métodos: Foram analisadas frequências absolutas das variáveis de estudo relacionadas a questões fonoaudiológicas e odontológicas através do teste do Qui-quadrado e Teste Exato-de-Fisher, ambos com nível de 0,05% de significância. Resultados: Os idosos entrevistados foram predominantemente mulheres (76,5%), cor branca (73,5%), com no mínimo ensino médio de escolaridade (64,7%). Destes idosos, 92,6% afirmaram não possuir dificuldades para se alimentar, apesar de 51,5% nunca ter feito uma avaliação fonoaudiológica. Houve maior proporção indicando que os idosos não necessitaram de consulta com fonoaudióloga (73,5%). Quanto à utilização de serviços da atenção primária, 68,7% utilizavam o sistema público e desses, 94,1% autoperceberam sua condição de saúde bucal como regular/ruim. Conclusão: Sugere-se o fortalecimento do cuidado dos idosos de forma interdisciplinar e integral, a fim de abranger as necessidades e especificidades dessa população. A baixa percepção da importância do cuidado sugere a necessidade do fortalecimento dos serviços de fonoaudiologia para a saúde da população idosa brasileira.

Uso da prótese dentária e suas repercussões no contexto de vida de pessoas idosas: revisão integrativa

“…Ao considerar a fala desses idosos, verifica-se que a maioria (82,93%) apresenta normalidade nessa faceta, sem sinais de imprecisão, menor agilidade ou perda da variação fonética [1,31,35]. Porém percebe-se que apenas uma minoria dos estudos encontrados analisou esse quesito, o que evidencia a necessidade de avançar na abordagem interprofissional no âmbito da saúde pública, com a inserção cada vez mais efetiva de outras categorias profissionais que integrem a prática odontológica e ampliem a abordagem clínica com vistas a atender às especificidades da pessoa idosa [19].…”

“…Culturalmente, o processo de envelhecimento está erroneamente atrelado à perda da beleza física e a prejuízos na aparência visual. Tal corrente de pensamento deve ser desconstruída, dando lugar a uma valorização das mudanças fisiológicas, psicológicas e emocionais vivenciadas pela pessoa idosa, a fim de promover uma positiva autoestima na velhice e encorajar idosos a buscar cada vez mais medidas de autocuidado e enfrentamento das alterações inerentes do envelhecer [15,19].…”