Quimiodectoma maligno em um cão Weimaraner: Relato de caso

Abstract

RESUMO. O presente relato de caso tem como finalidade descrever uma ocorrência de quimiodectoma de caráter maligno em um cão de raça Weimaraner. Quimiodectomas são neoplasias formadas a partir de quimiorreceptores presentes na base do coração envolvendo o corpo aórtico e carótido, pode ser benigno (mais comum) ou maligno. Estes tumores são pouco frequentes na clínica de pequenos animais e, quando ocorrem, geralmente estão associados a cães idosos e de raças braquiocefálicas (boxer, bulldog, dentre outros). O diagnóstico clínico é dificultoso, pois a maioria dos animais acometidos é assintomática, e, quando presentes, os sinais clínicos são inespecíficos, sendo, portanto, diagnosticados através dos exames radiográficos de rotina ou como achados nos exames post-mortem. No presente caso, o animal foi a atendimento clínico por outro motivo (nódulos subcutâneos), tendo sido investigado o quimiodectoma após ser percebido aumento de frequência respiratória e tamponamento de sons pulmonares em algumas regiões torácicas. O diagnóstico final foi possível após radiografia torácica e histopatologia do tecido tumoral através de técnica "tru-cut" com auxílio de ultrasonografia com ferramenta Doppler. Além de se referir à ocorrência de quimiodectoma em uma raça não predisposta, a importância do presente trabalho também se dá à abordagem do proprietário frente a uma patologia crônica maligna sem possibilidade de correção. Palavras chave: Quimiodectoma, neoplasias caninas Malignant chemokidoma in a Weimaraner dog: Case reportABSTRACT. The goal of this case report is to describe an occurrence of malginant chemodectoma in a weimaraner dog. Chemodectomas are tumors formed from chemoreceptors present at the heart base involving the aortic and carotid body, can be benign (most common) or malignant. These tumors are uncommon in small animal clinical and, when they occur, are usually associated with older dogs and brachiocephalic breeds (boxer, bulldog, among others). The clinical diagnosis is cornered, because the most of affected animals are asymptomatic, and when present, the clinical signs are non-specific and, therefore, diagnosed through routine radiographs or as found in post-mortem examination. In this case, the animal went to clinical treatment for some other reason (subcutaneous nodules), and the chemodectoma was investigated after be perceived increased respiration and buffering lung sounds in some thoracic regions. The final diagnosis was possible after thoracic radiography and histopathology of tumor tissue through "tru-cut" technique with the aid of ultrasound Doppler tool. In addition to refer to the occurrence of chemodectoma in a non-biased race, the importance of this work is also about gives the owner approach against a malignant chronic pathology without possibility of correction.

Quimiodectoma em pequenos animais: revisão

“…Os quimiodectomas são tumores do corpo aórtico que surgem de células quimioreceptoreas na parede da aorta e acomete na maioria dos casos animais entre 7 e 15 anos (Treggiari et al, 2015;Araújo et al, 2017;Coto et al, 2021;Gómez Ochoa et al, 2021). Sabe-se que certas raças como Boxers, Golden Retrievers e Setters Irlandeses, apresentam maior predisposição genética para o desenvolvimento dessa neoformação (Souza et al, 2022).…”

“…A maioria dos tumores diagnosticados é benigna, mas quando malignos, podem se espalhar para outras partes do corpo. O diagnóstico clínico é desafiador, já que a maioria dos animais não apresenta sintomas e evolui a óbito subitamente (Araújo et al, 2017).…”

Aspectos anatomopatológicos do quimiodectoma maligno em um cão

“…A maioria desses tumores diagnosticados é benigno, porém, quando são malignos, podem apresentar metástase. O diagnóstico clínico é difícil, pois a maioria dos animais são assintomáticos, podendo vir a óbito subitamente (Araújo et al, 2017). Assim, os achados são comumente observados no exame radiográfico de rotina ou durante a necropsia na observação direta do tumor.…”

“…Assim, os achados são comumente observados no exame radiográfico de rotina ou durante a necropsia na observação direta do tumor. Clinicamente, o paciente pode apresentar alterações na pressão sanguínea e sinais clínicos secundários à compressão de nervos e às estruturas adjacentes à massa tumoral (Araújo et al, 2017).…”