Objetivo: Verificar as características clínico-histopatológicas dos tumores malignos infanto-juvenis de maior ocorrência em região de cabeça e pescoço, bem como seus respectivos tratamentos e prognóstico.
Métodos: Tratou-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram utilizadas as plataformas Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências (LILACS), Scientific Eletronic Libray Online (SCIELO) e PubMed, mediante cruzamento de descritores DeCS/MeSH com os operadores booleanos, além de busca livre secundária. Após todas as etapas de refinamento, um total de 34 artigos foram incluídos.
Resultados: Apesar do câncer ser relativamente raro no público infanto-juvenil, no Brasil, representa elevada mortalidade na infância. Os tipos de neoplasias mais comuns em cabeça e pescoço são: carcinoma mucoepidermóide, de células escamosas (CEC) e osteossarcoma, além do rabdomiossarcoma e carcinoma de células acinares. A glândula parótida é a mais acometida por tumores glandulares na infância. O rabdomiossarcoma é o câncer de células musculares mais frequente em crianças e adolescentes, e o CEC é uma neoplasia menos comum neste público, porém pode apresentar caráter agressivo e prognóstico desfavorável, assim como o osteossarcoma. O tratamento é multimodal devido às diferenças comportamentais dessas neoplasias.
Conclusão: Apesar do câncer de cabeça e pescoço apresentar baixa prevalência no público infanto-juvenil, o conhecimento acerca das características clínicas e histopatológicas pode favorecer o diagnóstico imediato e o tratamento precoce.