Dentre as diversas formas de prescrutar a mente humana, o desenho é das mais antigas e, portanto, válido para compreender a subjetividade. A partir das pistas que a arte intramuros apresenta, cabe aos profissionais de saúde buscar meios de diluir o sofrimento psíquico e ajudar a estabilizar o usuário. Este estudo derivou de um projeto de extensão realizado em uma ala de emergência psiquiátrica de uma instituição hospitalar pública paraibana. Sendo assim, o objetivo deste manuscrito é refletir sobre os desenhos dos usuários daquele serviço. Durante diversas atividades, foram produzidos um total de 219 escorços, sendo 160 obras gráficas pré-produzidas, 53 desenhos dos próprios utentes, e, 6 colagens, provenientes de cerca de 61 usuários. Como resultado, se pode compreender que os desenhos desempenham uma forma daquelas pessoas expuserem suas histórias pessoais, a história da doença e também traços de sintomas psicopatológicos. Cabe aos profissionais da saúde mental, entre eles os psicólogos, criar formas de manejo que direcionem os usuários à reabilitação psicossocial tendo os desenhos como base para as orientações cabíveis.