Um surto contínuo de pneumonia associado a um novo coronavírus (COVID-19) foi relatado na cidade de Wuhan na China e rapidamente se espalhou para muitos países, inclusive o Brasil. Como se trata de uma doença muito contagiosa e de rápido agravamento do quadro clínico do paciente, entender como se deu o desenvolvimento dos casos e óbitos nos primeiros dias pode ajudar no planejamento de medidas governamentais, até mesmo para possíveis pandemias futuras. Com isso, o objetivo deste trabalho é apresentar como se deu o crescimento do número de infectados nos primeiros sessenta dias e de mortes confirmadas nos quarenta dias iniciais a partir do primeiro registro, causada pela COVID-19 no Brasil. Foram ajustados modelos de regressão não lineares, com dados foram retirados do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, para modelar estatisticamente como se comportam os dados no período supracitado, e apresentados os mapas que descrevem como se deu a evolução da COVID-19 nos estados brasileiros, até o fim do mês de abril do ano de 2020. Os resultados mostraram que os modelos utilizados (Gompertz e Logístico) foram adequados para explicar o desenvolvimento do número de casos e óbitos da doença em sua fase inicial, sendo que neste período estudado a epidemia ainda não havia alcançado o pico, momento em que tem maior número de casos e óbitos, sendo possível estimar ainda a taxa de crescimento. O mapa mostrou-se adequado para verificar como se deu o crescimento dos casos e mortes nos estados com relação ao período em estudo.