Apesar dos avanços na Política Nacional de Saúde Bucal, a população idosa no Brasil ainda apresenta alta prevalência de edentulismo, sendo a situação de saúde bucal especialmente crítica naqueles que vivem em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Este estudo pretendeu analisar os desfechos do edentulismo quanto ao uso e necessidade de prótese dentária em pessoas idosas institucionalizadas. Trata-se de um estudo descritivo realizado em oito ILPIs do município de Natal e região metropolitana. A coleta de dados se deu por meio do preenchimento da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, preconizada pelo Ministério da Saúde do Brasil, que possibilita a identificação das necessidades de saúde individuais. Foi realizado exame clínico para avaliação da condição de saúde bucal quanto ao uso e necessidade de substituição de prótese. Das 272 pessoas idosas, 250 foram examinadas, 18 recusaram e 04 foram excluídas por estarem hospitalizadas. Predominaram mulheres entre 80 a 108 anos, com 1 a 8 anos de estudo. Na avaliação da saúde bucal, predominaram pessoas idosas com perdas dentárias e que não utilizavam prótese dentária (61,6%), seguido daqueles que utilizavam prótese dentária com necessidade de troca por não estarem adequadas (27,6%), além de 10 idosos que utilizam prótese e não necessitavam de troca. Os resultados evidenciam a necessidade de reabilitação protética dos idosos institucionalizados, atendimento odontológico periódico e de políticas públicas voltadas à população residente em ILPI, ressaltando a carência de investimentos nessa área.