Re-existências e Esperanças: Perspectivas decoloniais para se pensar uma Educação Ambiental Quilombola

Abstract

O presente artigo pretende avançar a discussão em uma perspectiva de Educação Ambiental atravessada por um contexto de Educação Quilombola nos seus diferentes contextos interculturais. Pretende-se, a partir desse referencial, refletir sobre o pensamento decolonial latino-americano, tendo como base autores como Walter Mignolo, Anibal Quijano e Catherine Walsh, além de reflexões sobre a perspectiva sociológica apresentada por Boaventura de Sousa Santos. Constitui-se um convite às propostas de pesquisas que dialoguem com as alternativas epistêmicas, as lutas dos sujeitos forçadamente invisibilizados e com as diversas formas de conhecimento e de vida que emergem da práxis decolonial. Nas considerações finais, sugerimos uma agenda com importantes discussões a serem enfrentadas pelos grupos de pesquisa de Educação Ambiental que desejam atuar em temáticas voltadas para as comunidades quilombolas.

Learning spaces: built, natural and digital considerations for learning and learners

“…Such educational approaches focus on the communities most vulnerable to degradation as a result of social and environmental conditions, such as the Indigenous, peasants, traditional sher people and slum dwellers, and have inspired promising research strands. For example, the 'education in public environmental management' project, based on a critical pedagogy framework, aims at promoting participatory democracy in the management of territories; and 'communitybased environmental education' and has also been inspired by decolonial theories and political ecology (Quintas, 2007;Almeida and Loureiro, 2015;Magalhaes and Loureiro, 2016;Souza and Loureiro, 2018;Vitor, Goncalves and Sanchez, 2019;Melo and Barzano, 2020;Oliveira, et al, 2020;Pelacani et al, 2020;Stortti, Espinosa and Garcia, 2020). A review of critical environmental education research in Latin America (Sanchez, Pelacani and Accioly, 2020) suggests that the urgency of a fairer distribution of wealth and income ...focus on the communities most vulnerable to degradation as a result of social and environmental conditions, such as the Indigenous, peasants, traditional sher people and slum dwellers, and have inspired promising research strands.…”

A pandemia como propulsora de insurgências no por vir do ensino de biologia e educação ambiental

“…E é nessa memória que está boa parte das chaves para decifrar, compreender e superar a crise dessa modernidade, ao reconhecer outras formas de conviver entre nós e com os outros-entre os modernos e os pré-modernos e entre os humanos e os não-humanos, isto é, a natureza ou as cultureza (TOLEDO; BARRERA-BASSOLS, 2015, p. 18) Melo; Barzano (2020) apontaram que a experiência social de Dona Dilza constituise de saberes e memórias forjados na luta e que foram herdados de seus ancestrais na resistência, na fuga, na busca pela alforria, que hoje se traveste em emancipação e, desta forma, tecem a sua memória biocultural, ressignificando saberes acerca de si mesmo, de identificação com o seu território e com sua ancestralidade. Para esses autores, as diversas narrativas de Dona Dilza refletem a relação estabelecida entre a cultura e a natureza que, ao ser revelado pela memória biocultural, apontam para outras lógicas de desenvolvimento e de valoração da natureza e da vida, por meio de ações de autodefesa de seus territórios.…”