Reabsorção Dentária Externa Associado Ao Tratamento Ortodôntico: Relato De Caso Clínico

Abstract

A reabsorção radicular externa (RRE) é uma das consequências mais prevalentes e preocupantes durante o tratamento ortodôntico, podendo variar de um leve arredondamento até uma alteração apical severa. O profissional deve apresentar cautela durante o tratamento visando a não aplicação de forças excessivas que podem levar a morte dos cementoblastos e conseqüentemente causar uma RRE. Ao decorrer do trabalho será demonstrado que o problema não está relacionado somente ao tratamento ortodôntico, apresentando outros fatores envolvidos. O objetivo desse trabalho é fazer o relato de um caso clínico de reabsorção radicular externa demonstrando as alterações apicais frente ao tratamento ortodôntico.

Conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre a abordagem full face em odontologia

“…(13,30) Pacientes adultos deficientes mandibulares, quando tratados ortodonticamente de forma compensatória, por meio de exodontias de dentes superiores e retração dos dentes anteriores, tendem a um comprometimento da função respiratória pelo estreitamento da via aérea posterior, podendo desenvolver a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS). Mesmo atingindo-se uma oclusão satisfatória, dificilmente se sentem satisfeitos com sua aparência facial, (31) pois, embora camuflada pela compensação dentária, a deficiência mandibular traz características que prejudicam o contorno de todo o tegumento facial, principalmente ao seu perfil, como a convexidade da face, o encurtamento da linha mento-pescoço, a eversão do lábio inferior, o aumento do sulco mentolabial e nasolabial e a ocorrência de mento duplo, (7,29,(31)(32)(33) sendo que sua gravidade depende do grau de deficiência mandibular e da forma e tamanho do nariz. (13,19,28,29) Estes pacientes frequentemente procuram procedimentos de harmonização orofacial, principalmente para recontorno do mento e dos ângulos mandibulares e para reestruturação do processo zigomático.…”

“…(13,19,28,29) Estes pacientes frequentemente procuram procedimentos de harmonização orofacial, principalmente para recontorno do mento e dos ângulos mandibulares e para reestruturação do processo zigomático. (32,33) No entanto, a abordagem ortodôntica-ortognática é a única capaz de promover a face para um padrão facial normal em proporção e simetria dentro do possível, (28,29,31) tratando de maneira absoluta as más oclusões e as discrepâncias esqueléticas maxilo-mandibulares, para a melhora da função respiratória do paciente, por meio do aumento do espaço aéreo faríngeo, e para o aprimoramento do resultado estético da correção, por meio da mentoplastia de avanço. (13,19,(28)(29)(30)(31) Durante o processo de envelhecimento, o paciente padrão II poderá ser submetido a procedimentos de HOF, como a toxina botulínica, a implantação de fios faciais, as injeções de bioestimuladores de colágeno e de preenchimento facial, principalmente na região de mento.…”

“…(13,19,(28)(29)(30)(31) Durante o processo de envelhecimento, o paciente padrão II poderá ser submetido a procedimentos de HOF, como a toxina botulínica, a implantação de fios faciais, as injeções de bioestimuladores de colágeno e de preenchimento facial, principalmente na região de mento. (33) PADRÃO III É um indivíduo cuja mandíbula se encontra à frente da maxila, cuja má oclusão pode ser provocada por uma mandíbula protrusa ou, mais frequentemente, por uma maxila retrusa ou, ainda, uma combinação de ambas as situações. Esse diagnóstico é imprescindível, pois o tratamento será totalmente diferente para cada situação.…”

“…(29,41) Essas características esqueléticas, que limitam as movimentações dentárias, acabam por contraindicar o tratamento ortodôntico compensatório nos indivíduos com face desagradável ou com alterações funcionais, principalmente de caráter respiratório, (28)(29)31) fazendo com que o tratamento ortodôntico descompensatório cirúrgico seja a única possibilidade de intervenção para os pacientes que almejem uma face mais aceitável na idade adulta. (18,28,29,31,(33)(34)(35)(36)38,40) Por isso, todo o indivíduo portador do padrão face longa deve ser tratado pensando-se numa possível decisão cirúrgica, independentemente da idade, (28) pois, quando tratados de forma compensatória pela ortodontia, seus dentes acabam sendo inclinados além do ideal cefalométrico para alcançar a oclusão, levando a resultados instáveis e com piora da harmonia da face, devido ao efeito colateral que o tratamento ortodôntico compensatório promove, que é a exacerbação do aumento da AFAI, levando à necessidade de complementação estética por meio de procedimentos de HOF. (31) O plano de tratamento de HOF poderá variar desde a correção da hipertrofia dos músculos mentonianos com toxina botulínica à bichectomia, podendo ser necessário o reposicionamento dos compartimentos de gordura, por meio da implantação de fios faciais de tração, e a reestruturação de regiões com deficiência de desenvolvimento, por meio do preenchimento facial -como o mento e a região zigomático-malar.…”

“…(44) Nas assimetrias com origem em tecidos moles da face, é necessário encontrar qual tecido facial é o causal, para compensar as diferenças de volume por meio de técnicas cirúrgicas ou minimamente invasivas oferecidas pela HOF. (33,45) Se a origem for muscular ou por lesão de nervos motores (paralisa facial ou tumores), a toxina botulínica deve ser aplicada nos músculos hipertróficos, interferindo sobre a contração muscular, levando à atrofia e à diminuição de volume. A implantação de fios de lifting facial no lado afetado pela paralisia, promoverá maior equilíbrio da atividade bilateral da musculatura da mímica facial, melhorando a assimetria.…”