r e s u m o informação sobre o artigo Historial do artigo: Recebido a 13 de dezembro de 2018 Aceite a 8 de fevereiro de 2019 On-line a 6 de março de 2019 Objetivo: Avaliar se a característica de inversão de polaridade, presente na displasia epitelial, também é encontrada na hiperplasia fibrosa inflamatória. A displasia epitelial caracteriza-se pela progressão de um tecido normal para um neoplásico com diversas características histopatológicas entre elas a alteração da polaridade das células basais. Porém, estudos mostram que processos inflamatórios crónicos podem relacionar-se com características da displasia epitelial, como a inversão da polaridade, que é uma característica histológica e pode ser encontrada no processo inflamatório. Métodos: Foram estudados trinta casos de displasia epitelial (grupo controle) e trinta casos de hiperplasia inflamatória, selecionados aleatoriamente nos arquivos do Serviço Anátomo-Patológico da Universidade do Vale do Itajaí. Nas fichas e prontuários dos casos selecionados foram levantados dados dos pacientes, como: género, idade, etnia, tempo de duração da lesão, características clínicas da lesão e local da lesão. Para comparar a displasia epitelial e a hiperplasia inflamatória, no que diz respeito às características clínicas e histológicas utilizou-se a Frequência Relativa. Resultados: Observou-se que o perfil clínico das duas lesões é semelhante à de diversos estudos. Do total da amostra, observou-se que nos casos de hiperplasia analisados, treze (43,3%) possuíam alteração de polaridade de células basais. Conclusões: A ocorrência de inversão da polaridade das células basais nas hiperplasias inflamatórias é um dado bastante significativo. Este sinal displásico deveria estar associado apenas a lesões potencialmente malignizáveis, podendo evidenciar, que esta alteração pode estar associada também a um grau de inflamação crónico intenso. (Rev Port Estomatol Med