Avaliar a eficácia da utilização de um instrumento guia de menor custo em técnica cirúrgica de reanastomose tubária realizada em mulheres com infertilidade feminina por fator obstrutivo de laqueadura tubária prévia. Foram coletados dados de prontuários de casais do Serviço de Reprodução Humana de um hospital público de ensino de Teresina – Piauí com esterilidade secundária que realizaram reanastomose pela técnica modificada de janeiro de 2008 a dezembro de 2018. Avaliou-se variáveis socioeconômicas e demográficas, antecedentes clinico ginecológicos, motivações, dados do procedimento e resultados obtidos com o procedimento sendo o desfecho buscado o registro de patência tubária por histerossalpingografia ou gestação no seguimento pós operatório. No perfil da população estudada predominou pacientes de cor autorreferida pardas, com escolaridade fundamental, sem ocupação remunerada e com média de idade de 33±2,9 anos. A maioria teria optado pela laqueadura por decisão própria (53%), enquanto que a presença de um novo parceiro foi o motivo levantado pela busca da reversão da esterilização (72%). Considerando o sucesso da recanalização, uni ou bilateral, e avaliando fatores que poderiam estar relacionados a maiores percentuais de desfechos positivos, foi observado significância com p<0,05 para pacientes na faixa etária de 30 a 34 anos e antecedente gestacional maior ou igual a dois filhos (87,4%; p=0,029). O número registrado de gestações obtidas (68,9%; p=0,001), assim como o termo como resultado final (55,3%; p=0,001). A reanastomose tubária mantém sua relevância como uma opção de menor custo à fertilização in vitro podendo seu instrumento guia ser substituído sem prejuízos no resultado final.