International audienceThis paper examines the interplay of ethics, social anthropology and epistemology in public health. In a first section of the paper, we introduce to the large range of existing approaches looking at public health as a field of policies, as a science and as a anthropological global project raising ethical questions. In a second section of this paper, we propose an more detailed account of the main issues raised by public health through a network of four fundamental dialectical tensions. The first tension concerns the overall finalities and the double definitions of health. The second tension concerns the legitimacy of the means to reach public health aims. The third tension concerns the regime of evidence and the framing of the public health approaches. The fourth is about the power relations built into these public health practices. We suggest that these tensions, in which the polarization present a variety of shapes, are closely related one to each other. This lead to the conclusion that in public health, ethical, anthropological and epistemological considerations need to go hand to hand. To understand critically public health issues, we thus need to take into account the close interactions of sciences, values and practices.Este artigo examina a interação da ética, da antropologia social e da epistemologia na saúde pública. Na primeira seção do artigo, introduzimos ao amplo espectro de abordagens existentes que consideram a saúde pública como um campo político, como uma ciência e como um projeto antropológico global que levanta inúmeras questões éticas. Na segunda seção do artigo, propomos uma apresentação mais detalhada das principais questões levantadas pela saúde pública através de uma rede de quatro tensões dialéticas fundamentais. A primeira tensão concerne principalmente às dubiedades das definições de saúde e às finalidades propostas para esse campo. A segunda tensão concerne à legitimidade dos meios utilizados para chegar aos objetivos da saúde pública. A terceira tensão diz respeito ao regime de evidência e ao referencial das abordagens empregadas na saúde pública. A quarta tensão se origina nas relações de poder construídas no interior dessas práticas da saúde pública. Sugerimos que essas quatro tensões, nas quais a polarização apresenta uma variedade de formatos, relacionam-se entre si. Isso conduz à conclusão de que na saúde pública, as considerações éticas, antropológicas e epistemológicas precisam andar juntas. Para entender criticamente as questões da saúde pública, precisamos, portanto, levar em conta as íntimas interações entre as ciências, os valores e as práticas