O uso inadequado de antibióticos promove a resistência bacteriana, juntamente com fatores de risco como má higiene, migração e redução na descoberta de novas classes de antimicrobianos. Atualmente, em escala global, há cerca de 700 milhões de mortes anuais devido a patologias relacionadas à resistência, e esse número pode chegar a 10 milhões anualmente. O estudo focou na resistência antimicrobiana no Distrito Federal. Entre as pessoas com mais de 70 anos, cerca da metade apresentou comportamento inadequado em relação ao uso de medicamentos. 15% relataram infecções anteriores por organismos multirresistentes. Além disso, 38,5% tiveram patologias persistentes, mesmo após o uso correto de medicamentos, exigindo assistência profissional e mudança de medicamentos. A pandemia da Covid-19 também contribuiu para o aumento da resistência. 9,1% dos entrevistados admitiram ter usado antibióticos para tratar ou prevenir a Covid-19. Os resultados mostram uma baixa prevalência de comportamento de risco para a resistência antimicrobiana na população estudada. No entanto, essa conclusão é limitada à população do Distrito Federal, especialmente na região central, onde a universidade está localizada, o que afeta a representatividade. Abordar o uso inadequado de antibióticos e entender os fatores de risco é importante para combater a resistência antimicrobiana. Monitoramento e pesquisas mais abrangentes são essenciais para desenvolver estratégias e políticas eficazes no enfrentamento desse desafio global à saúde.