A hanseníase apresenta um histórico marcado pelo estigma e exclusão. Anteriormente denominada lepra, vista como contagiosa e incurável, a doença ainda gera preconceito e desafios psicossociais, provocando medo e angústia nos afetados, especialmente em crianças e adolescentes. Assim, este estudo objetivou revisar a literatura existente sobre os impactos da hanseníase na vida das crianças e dos adolescentes brasileiros. Para essa investigação, realizou-se pesquisa bibliográfica exploratória nas plataformas do Google Acadêmico e Scielo, utilizando os descritores "hanseníase em menores de 15 anos" e "hanseníase em crianças e adolescentes", bem como suas combinações. Os estudos avaliados mostram que a revelação do diagnóstico acarreta impactos adversos, exacerbados pela maneira como as famílias lidam com a situação, gerando ansiedade diante do desconhecido. No ambiente escolar, equívocos disseminados sobre a doença alimentam comportamentos preconceituosos, prejudicando a integração e o interesse pelo estudo. A implementação do acolhimento no cuidado à saúde desse importante contingente social emerge como essencial para fortalecer os vínculos e minimizar falhas no atendimento, enquanto uma abordagem inclusiva e humanizada na assistência se mostra fundamental para promover o bem-estar dessa população, sendo crucial que os profissionais adotem uma linguagem lúdica para compreender o universo infantil e adolescente.