ResumoAtualmente, na tentativa de complementar a monitoração anestésica dos pacientes, utilizam-se a análise de variáveis clínicas ou técnicas eletrofisiológicas. Entretanto, é difícil utilizá-las para se obterem informações determinantes e uniformes dos planos anestésicos, para todos os agentes anestésicos. Conseqüentemente, foi desenvolvido, através de múltiplas investigações e avanços tecnológicos, o que se pode definir como monitor de profundidade anestésica, o monitor de índice biespectral (BIS). Desta forma, objetivou-se com este trabalho, fornecer informações a respeito do monitoramento do BIS, em cães. Além disso, foram abordadas considerações relativas ao seu desenvolvimento, função, manipulação adequada e aspectos referentes ao comportamento desta variável quando usada com diferentes agentes anestésicos. Palavras-chave: Anestesia, índice biespectral, eletroencefalograma.
AbstractNowadays, in the attempt to complement anesthetic patient monitoring, clinical variables analyzes and electrophysiologic techniques are being used. However it is difficult to obtain determinant and uniform information about anesthetic plans for all types of anesthetic agents. Consequently, a monitor of anesthetic depth known as bispectral index (BIS) has been developed through multiple studies and technical advances. Therefor, this review aimed to provide information about the BIS in dogs. Additionally, considerations related to its development, function and proper manipulation were made, and also behavior aspects of this parameter when applied in different anesthetics. Key words: Anesthesia, bispectral Index, electroencephalogram.1 Pós-graduanda em Cirurgia Veterinária -Área de Concentração em Cirurgia -Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP. 2 Professor Doutor, Depto. de Clínica e Cirurgia Veterinária. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, CEP: 14884-900, Jaboticabal, SP. E-mail: newton@fcav.unesp.br * Autor para correspondência.
IntroduçãoDurante a evolução da Anestesiologia, um dos principais objetivos tem sido avaliar a profundidade anestésica na qual o paciente se encontra. Os primeiros parâmetros descritos por Snow, em 1847 referem-se a 5 estágios na anestesia com o éter. Mais tarde, Guedel reafirmaria e definiria melhor estes estágios, os quais são utilizados até hoje pelos anestesistas, como guia para determinar a profundidade da anestesia.Atualmente, na tentativa de complementar esta avaliação, utilizam-se a análise de variáveis clínicas ou técnicas eletrofisiológicas. Alguns destes parâmetros incluem freqüências respiratória e COMUNICAÇÕES / COMMUNICATIONS