Introdução: A coqueluche, causada pela Bordetella pertussis, persiste como desafio de saúde pública no Brasil. O diagnóstico clínico e laboratorial são cruciais devido à sobreposição de sintomas. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico da coqueluche no Brasil, nos últimos 10 anos, com foco no impacto de técnicas laboratoriais para confirmação diagnóstica. Material e Métodos: Estudo observacional descritivo com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do SUS e bases de dados bibliográficas. Foram analisados o número de casos confirmados por coqueluche entre 2013 e 2022. Resultados: A região Sudeste concentrou o maior número de casos confirmados por coqueluche (39,31%), devido à alta densidade populacional e acesso aos serviços de saúde. A faixa etária mais afetada foi a de menores de 1 ano (57,54%), refletindo a suscetibilidade natural das crianças mais jovens e a falta de vacinação. O sexo feminino apresentou ligeira predominância dos casos confirmados (55,52%), possivelmente devido a rede de contatos sociais mais ampla. A evolução para cura predominou em 91,11% dos casos. O critério de confirmação diagnóstica mais prevalente foi o clínico (53,01%). Conclusão: O estudo revelou padrões significativos do perfil epidemiológico da coqueluche no Brasil. Essas conclusões destacam a importância e o impacto do diagnóstico laboratorial na análise epidemiológica da coqueluche, a fim de proporcionar intervenções de políticas de saúde pública que abordem suas complexas implicações sociais e econômicas.