O artigo investiga a variedade de trajetos das manifestações percorridos por uma gama de atores coletivos presentes no ciclo de confrontos de 2013, apresentando os mecanismos responsáveis pela ocupação, concentração e dispersão de protestos no espaço urbano. Quais foram os obstáculos e constrangimentos para a execução dos trajetos de protesto em junho de 2013? Através da análise espacial dos protestos, foi possível elencar os mecanismos pelos quais os diferentes usos situacionais do espaço urbano produzem e disseminam os trajetos de protesto. O argumento principal é de que a dispersão dos trajetos no cenário urbano paulistano resultou de dois fatores: 1) a morfologia espacial da cidade; 2) as disputas entre atores políticos (polícia vs. manifestantes; e ativistas com diferentes agendas) pelo controle de espaços da cidade visando objetivos específicos.AbstractThe article explores the variety of paths taken by a range of collective actors in the 2013 cycle of confrontations, presenting the mechanisms responsible for the occupation, concentration and dispersion of protests in urban space. What were the obstacles and constraints to the execution of the protest routes in June 2013? Through the spatial analysis of the protests, it was possible to list the mechanisms by which the different situational uses of urban space produce and disseminate the protest routes. The main argument is that the dispersion of routes in the urban scenario of São Paulo resulted from two factors: 1) the spatial morphology of the city; 2) disputes between political actors (police vs. demonstrators; and activists with different agendas) for the control of city spaces aiming at specific objectives.