O estudo em questão analisa os impactos do modelo histórico de ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) no Brasil sobre a saúde das populações brasileiras, em especial das populações rurais. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa adotou a análise documental e a pesquisa bibliográfica como principais ferramentas metodológicas de investigação, assim como uma abordagem crítica, examinando as relações de poder e os processos sociais que permeiam a dinâmica entre o Brasil, os Estados Unidos, a modernização e o desenvolvimento econômico. Foi constatado que a Extensão Rural difusionista-produtivista e o projeto de desenvolvimento rural desconsideraram o ambiente rural como espaço de reprodução da vida, refletindo os interesses das classes dominantes e contribuindo para a precarização da saúde das populações em geral. Por outro lado, o estudo ressalta a importância dos(as) agentes de Extensão Rural na vida cotidiana das populações brasileiras, propondo uma mudança no paradigma de atuação para uma abordagem holística e agroecológica, considerando a saúde como parte integral do bem-estar das mesmas. Além disso, destaca a necessidade de políticas públicas integradas que visem reduzir desigualdades, melhorar condições de trabalho e vida, habitação, mobilidade e segurança alimentar tanto em áreas rurais quanto urbanas.