“…Críticas têm sido feitas aos resultados alcançados pelo Protocolo de Kyoto, como relativa concentração geográfica e setorial dos projetos -que privilegia regiões mais ricas -e o uso de tecnologias de caráter mais corretivo e de baixo conteúdo de inovação tecnológica (Boyd et al, 2009;Bozmoski, Lemos, & Boyd, 2008) e também se questionam contribuições à promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria nas condições de vida local a partir de cobenefícios (Cosbey et al, 2005;Orford, Raubenheimer, & Kantor, 2004 Em meio às incertezas de continuidade e efetividade do Protocolo após 2017 (Benessaiah, 2012), o mercado voluntário se mostra uma via possível e esperançosa à continuidade das iniciativas já existentes e ao surgimento de novas. Enquanto estudos exploram a contribuição do MDL para a geração de cobenefícios (Newell, Jenner, & Baker, 2009;Sutter & Parreño, 2007; Guigon, Bellassen, & Ambrosi, 2009;MacKerron, Egerton, Gaskell, Parpia, & Mourato, 2009;Merger, Dutschke, & Verchot, 2011), ou novas abordagens que buscam comparar os cobenefícios gerados pelo MDL em contraposição a projetos do mercado voluntário e outros tipos de projetos de mitigação (a exemplo de Crowe, 2013e Fernández, 2014.…”