A voz está presente nos processos de socialização humana, produzindo impactos na qualidade de vida dos sujeitos, especialmente daqueles que fazem o uso da voz falada em seu ambiente profissional, como os professores. A docência exige grande demanda da voz, sendo constatada uma série de problemas vocais entre os que exercem essa profissão. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo identificar a autopercepção da função glótica e o índice de desvantagem vocal em professores da rede pública de ensino, do município de Marabá-PA. Esta pesquisa se trata de um estudo transversal, prospectivo, quantitativo com enfoque descritivo por meio da aplicação de dois questionários validados: Índice de Função Glótica (IFG) e Índice de Desvantagem Vocal (IDV), em 78 professores da rede pública do município. As variáveis analisadas foram: gênero, idade, tempo de docência e carga horária diária. O teste de Qui Quadrado foi realizado com nível de significância de p<0,05, por meio da ferramenta Microsoft Excel 2010. Neste estudo predominou o gênero feminino (54%), com maior número de pessoas na faixa etária 31 a 40 anos (44%), tendo como média geral dos escores 8,04 para o IDV-10 e 6,45 para o IFG, encontrando-se uma associação estatisticamente significante entre o IDV-10 e o IFG (p<0,01). Portanto, o estudo aponta a necessidade de uma maior atenção quanto a autopercepção da voz, que sugere a implementação de novos instrumentos de diagnósticos que confirmem possíveis distúrbios vocais, assim contribuindo para a manutenção da saúde vocal e qualidade de vida dos professores.