Ao final da gestação as suturas cranianas ainda não estão totalmente fundidas, sendo passíveis de serem desalinhadas por forças mecânicas gerando alterações cranianas. Consequentemente essas alterações cranianas podem acarretar um déficit na amamentação, gerando prejuízos no desenvolvimento do recém-nascido. O objetivo deste estudo é investigar se existe associações entre o tipo de parto, sexo do recém-nascido e qualidade da amamentação sobre a morfologia craniana de recém-nascidos em uma ala materno-infantil de um Hospital Universitário no Oeste do Paraná. Foram avaliados recém-nascidos entre 24 e 48 horas, onde foi realizada entrevista com a mãe e posteriormente avaliação do LATCH e craniometria dos recém-nascidos, a fim de determinar a qualidade da amamentação e a morfologia craniana. Participaram do estudo 66 recém-nascidos, destes 25 foram excluídos. Da amostra utilizada para o estudo, a predominância foi do sexo masculino (53,7%), com peso médio de 3,2Kg, comprimento de 48,6cm, idade média das mães 26,2 anos e idade gestacional média de 38,7 semanas. O tipo de parto predominante foi o cesariano (65,9%) e a grande maioria dos recém-nascidos apresentaram alguma alteração craniana (87,8%), a média do LATCH total foi de 7,66. Conclui-se que não houve associação entre a via de parto e a presença de alterações cranianas, os resultados indicam uma elevada taxa de recém-nascidos com alterações cranianas, porém não houve diferença estatística significativa no LATCH de recém-nascidos com morfologia craniana normal para os com alterações cranianas.