“…Os estudos da voz do professor constatam frequentes registros de sintomas vocais; em função, principalmente, de condições inadequadas do ambiente de trabalho, como a presença de ruído, que obriga o uso da voz em intensidade mais elevada, poeira, que pode desencadear reações alérgicas (GUIDINI et al, 2012;MARÇAL;PERES, 2011;BITAR;NEMR, 2012), bem como organização do trabalho inadequada, jornadas prolongadas, ritmo estressante, falta de autonomia, situações frequentes de ameaça ao professor, agressões, insultos e violência à porta da escola são mencionados na literatura como fatores associados ao Distúrbio de Voz (ASSUNÇÃO; OLIVEIRA, 2009;DORNELAS et al, 2017;DRAGONE et al, 2010;FERREIRA;LATORRE, 2011;FERREIRA, 2012;MOTA et al, 2019). A fadiga vocal em professores também é objeto de estudo de diversos autores (ARAGÃO et al, 2014;COELHO et al, 2021;HUNTER;TITZE, 2009;PELLICANI, 2017;PORTO et al, 2021;VILKMAN;BLOIGU, 2002). As condições do ambiente de trabalho, a elevada carga horária, que reduz o tempo de repouso vocal, necessário para recuperação da voz, e a sua própria atuação profissional, que requer o uso intenso da voz, são fatores que podem ocasionar a fadiga vocal e, consequentemente, o Distúrbio de Voz.…”