Introdução: O trauma torácico compreende uma variedade de lesões na caixa torácica, tecidos e órgãos nela localizados. Nos casos de pneumotórax, hemotórax ou hemopneumotórax o tratamento mais utilizado é o posicionamento de um dreno intercostal para restabelecer as pressões pleurais. A presença de drenos, dor e fraturas de costelas podem favorecer o declínio da força muscular respiratória desses pacientes. Objetivo: Correlacionar a força muscular respiratória e força muscular periférica dos pacientes com drenagem torácica fechada (DTF). Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico. Aos participantes foram aplicados o formulário de avaliação demográfica e clínica, Escala Visual Analógica. Em seguida, foram realizados o teste de Pico de fluxo de tosse, PImáx, PEmáx, a Dinamometria de preensão palmar em ambos os membros e a Escala Medical Research Council (MRC) para avaliação da força. Resultados: Participaram 17 pacientes, 82,4% do sexo masculino, com idade média de 32,3 anos. Houve correlação forte entre dinamometria de preensão palmar direita e PEmáx (p.0,00; r = 0,72), entre a PEmáx e o MRC (p. 0,001; r = 0,79), além de associação fraca entre a PEmáx e a força preensão palmar esquerda (p.0,04; r = 0,54). Em relação à média dos valores preditos, os participantes obtiveram 46,3% da PImáx e 47,4% da PEmáx. Dos valores do Pico de Fluxo de Tosse realizados pelos pacientes, 70,6% foram classificados em tosse eficaz. A dor segundo a EVA foi em maioria, moderada. Conclusão: Encontramos correlação entre a força muscular expiratória e a força muscular periférica em pacientes pós-trauma torácico e com DTF. Os parâmetros de força avaliados se mostraram inferiores aos esperados na literatura.